Administração Felipe dos Pneus diz que contrato alvo da PF é de gestão anterior; Ex-prefeita nega
Vianey Bringel nega que alvo da PF em Santa Inês seja
contrato da sua gestão e diz, em nota,
que alvos dos federais são contratações da gestão Felipe dos Pneus.
Segundo a gestão municipal, a licitação alvo do inquérito foi realizada em 2017, em gestão anterior à atual. “Estamos colaborando com as averiguações. É de total interesse da gestão que os fatos sejam devidamente esclarecidos e a verdade seja apurada", diz o comunicado.
A ex-prefeita de Santa Inês Vianey Bringel negou nesta
quinta-feira (28), por meio de nota, que tenha sido um contrato da sua gestão o
alvo da Polícia Federal ao deflagrar a operação que investiga
possível fraude em licitação para contratação de empresa fornecedora de
medicamentos e insumos hospitalares ao Município.
A acusação foi feita pela administração Felipe dos Pneus, afastado do comando da Prefeitura pela Justiça Federal em
virtude do inquérito - o vice-prefeito, Sirino Pereira, assumiu
interinamente o posto.
"A declaração de que a operação em questão se refere à
licitação ocorrida no ano de 2017, isto é, da gestão anterior, não reflete a
verdade e afronta, inclusive, a lógica dos fatos. Todos os alvos da operação
policial são da atual gestão. A Justiça Federal determinou o afastamento dos
atuais gestores, não havendo quaisquer menções, indicativos ou ilações de
envolvimento de pessoas ligadas à gestão anterior”, diz o comunicado de Vianey.
Segundo a ex-gestora, "uma simples leitura das
informações disponíveis é o bastante para se constatar que a operação visa a
investigar os procedimentos de Adesão de Ata de números 012/2020 e 031/2021 que
redundaram nos contratos administrativos nº 005-B2/2021 e 103/2021, cujos
valores conferem precisamente com aqueles anunciados pela imprensa”.
"Tais procedimentos administrativos tiveram início e
foram finalizados na atual administração e tiveram como consequência os
contratos de fornecimento de medicamentos firmados nas datas de 03 de dezembro
de 2021 e 26 de fevereiro de
Segundo a PF, no curso da investigação, constatou-se,
inicialmente, que o Município de Santa Inês realizava adesões fraudulentas a
Ata de Registro de Preços de outros municípios sem que houvesse o requisito de
“vantagem” para a administração pública, posto que, em um dos casos
investigados, havia o sobrepreço de 215%.
Os contratos investigados envolvem uma empresa sediada em
Teresina (PI). Na ação, foram cumpridos 18 mandados de busca e
apreensão e sete de constrição patrimonial, com valores que chegam a R$ 8,5
milhões.
"Apesar do alto valor das contratações realizadas pela Secretaria de Saúde daquele município, há informações nos autos indicando que, em determinados períodos, estariam faltando materiais básicos no hospital e rede pública municipal, tais como seringas, soro fisiológico, fios cirúrgicos e remédios psicotrópicos, obrigando os cidadãos a procurarem atendimento hospitalar em municípios vizinhos”, diz um comunicado da PF sobre o caso.
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