Vereador de Bom Jardim é obrigado a cumprir medidas cautelares

Além do uso de tornozeleira eletrônica, dispositivo que serve para monitoramento do condenado, a Justiça determinou outras medidas cautelares a serem cumpridas pelo vereador Antônio Cesarino.

Atendendo parcialmente pedido do Ministério Público do Maranhão, a Justiça determinou medidas cautelares a serem cumpridas pelo vereador Antônio Gomes da Silva, mais conhecido como Antônio Cesarino, além de monitoramento eletrônico. Coberta pela calça, a tornozeleira nem chama a atenção, mas tem o poder de seguir cada passo do preso.

O requerimento pela prisão preventiva foi feito pelo promotor de justiça Fábio Santos de Oliveira. A decisão foi proferida no inicio deste mês (03 de julho) pelo juiz Bruno Barbosa Pinheiro, titular da Vara Única de Bom Jardim/MA.

De acordo com as investigações, Antônio Cesarino, em parceria com outras pessoas, cometeu diversos crimes como falsificação de documentos públicos e particulares, estelionato simples e qualificado, além de lavagem de dinheiro.

Conforme a decisão, o vereador terá que comparecer mensalmente à Justiça para informar e justificar atividades; está proibido de acessar e frequentar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e sedes de sindicatos; também está proibido de manter contato com todas as testemunhas e indiciados envolvidos nas irregularidades investigadas; igualmente está impedido de se ausentar da sede do município, sem prévia autorização judicial.

Irregularidades
Foi apurado que Antônio Cesarino cobrava dinheiro de trabalhadores rurais para facilitar a obtenção de financiamento junto ao Banco do Nordeste, no programa Agroamigo. Na condição de vereador e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Cesarino atuava para aproximar a empresa de fachada Progeo dos pequenos produtores rurais.

O vereador também costumava facilitar a obtenção irregular de benefícios assistenciais. Ele e a esposa, presidente da Câmara de Vereadores de Bom Jardim, teriam sacado, em proveito próprio, aproximadamente R$ 108 mil das contas do Legislativo municipal. A investigação apontou, ainda, que o representado vinha coagindo testemunhas.