MP pede condenação de ex-prefeitos por desvios na previdência de Bom Jardim
Segundo Ministério Público, gestores denunciados queriam desviar mais de R$ 7 milhões, mas não conseguiram por conta da ação da promotoria do município.
O Ministério Público do Maranhão entrou com uma denúncia
criminal na Justiça por desvio de recursos públicos no município de Bom Jardim. Entre os citados pela ação do promotor Fábio
Santos de Oliveira estão os ex-prefeitos da cidade, Malrinete dos Santos Matos
(Malrinete Gralhada) e Manoel da Conceição Ferreira Filho (Sinego).
Além dos dois ex-prefeitos, foram denunciados Hadad Mendes
Sousa e Sílvia Cristina Rodrigues Sousa, responsáveis pela H. Mendes Sousa -
ME, e mais Gilvan Cunha de Sousa, Plínio Marçal Santos Reis, ex-superintendente
do Bomprev, Maria Zélia da Silva Rodrigues, Raimundo Gomes dos Reis Filho,
Máximo Félix Barbosa Neto, Isamar Lima Barbosa e Rosimar Silva Nascimento.
Segundo a investigação da Comarca de Bom Jardim, o esquema
começou quando Lidiane Leite, conhecida como 'prefeita ostentação', foi
afastada do cargo de prefeita - também por desvios de recursos públicos - e
Malriente Gralhada assumiu. Segundo o promotor Fábio de Oliveira, a então
prefeita comandou com servidores públicos e empresários, um esquema para
contrair empréstimos da previdência municipal (Bomprev) e em seguida desviar os
recursos para benefício próprio.
"Eles pretendiam desviar R$ 7,8 milhões, mas com nossa
ação rápida conseguimos evitar este saque todo, mesmo assim não conseguiram
desviar. Foram até quatro empresas beneficiadas e pessoas físicas também. Na
denúncia fundamentamos uma série de indícios de fraudes", disse o promotor.
Depois do afastamento de Malriente Gralhada, quem assume a
prefeitura é Manoel da Conceição e, segundo o MP, as ações criminosas contra a
previdência municipal não mudam, pelo contrário, ficam mais intensas.
"A pedido do Ministério Público, Malrinete foi afastada
do cargo. Aí o que entrou, fez foi aumentar a prática criminosa", declarou
Fábio de Oliveira.
Diante dos fatos, o MP pede que a Justiça condene os
envolvidos e que eles devolvam até R$ 1 milhão aos cofres públicos, valor que
estimado pelo órgão como desviado no esquema. "É a responsabilidade
solidária. Pode ser apenas um condenado a devolver, como todos", concluiu
o promotor.
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