Justiça condena a 10 anos homem flagrado em vídeos agredindo a mãe
Roberto Elísio Coutinho de Freitas foi condenado pelas agressões contra a própria mãe, uma idosa de 84 anos.
Idosa de 84 anos é agredida pelo próprio filho no Maranhão (Foto: Reprodução). |
Roberto Elísio Coutinho de Freitas, bacharel em direito, que
foi flagrado em uma série de vídeos agredindo a sua própria mãe, uma idosa de
84 anos, foi condenado a 10 anos de reclusão pelos crimes de tortura,
apropriação indébita e por retardar a assistência à saúde da vítima. Em todos
eles a juíza da 8ª Vara Criminal de São Luís, Oriana Gomes, aumentou a pena por
se tratar de crime de tortura contra idoso e pela continuidade delitiva.
Roberto Elísio Coutinho se diz arrependido em cometer as agressões e afirma que sofre de problemas mentais. |
Roberto também terá que pagar R$ 2 milhões como efeito da
condenação pelos danos causados à vítima. A pena deverá ser cumprida em regime
fechado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde o acusado já está preso
provisoriamente desde maio deste ano.
A juíza não aceitou a defesa do Roberto, que alegava
problemas com alcoolismo, esquizofrenia e atipicidade , e também discordou do
laudo pericial apresentado pelo denunciado, de que o réu, antes de ser preso,
deveria ser internado em clínica particular por 90 dias. Na decisão, a
magistrada determinou que a pena seja cumprida no local próprio para pessoas
que detêm o curso superior e que seja dada a Roberto Elísio a oportunidade de
fazer o tratamento que ele alega precisar, permitindo-lhe o acesso aos médicos
e outros profissionais que necessitar, na própria Penitenciária. Da decisão
judicial cabe recurso no prazo de cinco dias.
Relembre o caso
Em maio deste ano, Roberto Elísio foi preso em uma
residência no município de Raposa, na Região Metropolitana de São Luís, depois
que os vídeos que mostram ele agredindo a mãe viralizaram nas redes sociais. Os
vídeos foram gravados pela ex-mulher dele.
Os vídeos mostram momentos em que o advogado agride
verbalmente e fisicamente a idosa (uma professora universitária aposentada e
que sofre de alzheimer) com uma barra de ferro. Após a prisão, na
Superintendência de Polícia Civil da capital, Roberto disse que há dois anos
foi diagnosticado com esquizofrenia e que depois dos surtos não conseguia
lembrar de nada do que fez, e que precisava de tratamento.
Uma semana antes, o filho de Roberto havia registrado um
boletim de ocorrência relatando que o pai já agredia a avó no passado. Segundo
ele, o pai sempre teve um comportamento agressivo.
No dia 26 de maio de 2017 a juíza Oriana Gomes decretou a prisão preventiva
de acusado e determinou medidas protetivas em benefício da vítima. Após a
prisão várias audiências de custódia foram realizadas até a condenação de
Roberto.
Fonte: G1 Maranhão
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