Chapecoense afirma que velório coletivo na Arena Condá será no sábado (3)

Informação foi dada pelo presidente em exercício do clube, Ivan Tozzo. Ainda não há um número oficial de corpos a serem velados no estádio.

O presidente em exercício da Chapecoense, Ivan Tozzo, informou que o velório de vítimas da tragédia com o voo da delegação do clube vai ocorrer na manhã de sábado. Ainda não há um número oficial de corpos a serem velados na Arena Condá, em Chapecó (veja vídeo acima). A expectativa, pela manhã, era de que pelo menos 51 vítimas sejam veladas no estádio.

Tozzo recebeu por telefone a nova previsão de chegada dos aviões da Força Aérea Brasileira na tarde desta quinta-feira. Eles devem pousar em Chapecó entre meia-noite e seis da manhã de sábado. Serão 12 horas de voo, segundo o embaixador do Brasil na Colômbia.

"Pela informação que recebi, os corpos vão chegar na madrugada de sábado. Então, provavelmente, o cerimonial será feito no sábado pela manhã. Pelo que recebi em um telefonema agora, entre meia noite e seis da manhã de sábado os corpos vão chegar. Os corpos foram todos identificados, estão na funerária passando pelo embalsamamento e vão chegar aqui nesse horário", afirmou Tozzo.

Pelo menos dois dos 20 profissionais da imprensa que morreram no desastre não serão velados na Arena Condá.

O cerimonial será feito pelo governo do estado. A banda da Polícia Militar executará o hino da Chapecoense, informou o comando-geral.

Traslado para o Brasil
Todos os 71 mortos na queda do avião da Chapecoense foram identificados no Instituto Médico Legal de Medellín.


Com a identificação, os corpos das vítimas brasileiras passam agora por tratamento para o transporte até o Brasil. Uma força-tarefa com funcionários da Embaixada brasileira em Bogotá e do Itamaraty está na Colômbia para ajudar as famílias nos trâmites burocráticos.

“Apesar de todos os esforços na liberação dos corpos, ao todo 71, está havendo um pequeno atraso nos serviços de embalsamento. Esse procedimento, em cada cadáver, necessita de três horas para ficar pronto”, informou o secretário executivo de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond Vieira, que está em Medellín.

Outro fator é o trânsito na cidade colombiana. que dificulta no transporte dos corpos em determinados horários. “São cinco milhões de habitantes e um trânsito caótico. O deslocamento de 71 carros funerários dentro da cidade deve ser muito demorado”, disse o secretário. Além de brasileiros, há entre os mortos cinco bolivianos, um paraguaio e um venezuelano.

Técnicos da Polícia Federal brasileira levaram a Medellín os dados biométricos das vítimas. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, também está na cidade para participar da liberação dos corpos das vítimas da tragédia. Ele é uma das quatro pessoas que estava na lista do voo, mas que não embarcaram.