Avião com Time da Chapecoense e Jornalistas cai na Colômbia e deixa 71 mortos
Segundo autoridades colombianas, há 71 mortos e 6 sobreviventes. Avião decolou de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) com destino a Medellín.
Um avião que levava a delegação da Chapecoense para
Medellín, na Colômbia, caiu na madrugada desta terça-feira (29) a poucos
quilômetros da cidade colombiana.
O Diretor Geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco e
Desastres colombiana, Carlos Iván Márquez Pérez, disse que as operações de
busca e resgate foram encerradas com o seguinte balanço: 6 feridos e 71 mortos.
Anteriormente a Aeronáutica Civil havia informado que 72
corpos foram resgatados, mas o órgão já corrigiu a informação para 71. Os
corpos serão levados para uma base da Força Aérea, de onde seguirão para o
Instituto Médico Legal de Medellín.
Seis pessoas foram resgatadas com vida e estão no hospital:
os jogadores Alan Ruschel, Neto e Follmann, o jornalista Rafael Henzel, o
técnico da aeronave Erwin Tumiri e a comissária de bordo Ximena Suarez. O
goleiro Danilo também tinha sido resgatado com vida, mas morreu no hospital.
O avião da LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de
la Sierra, na Bolívia, com destino a Medellín com a delegação do time,
jornalistas e convidados. Segundo as autoridades colombianas, a lista do voo
tinha 81 nomes: 72 passageiros e 9 tripulantes.
No entanto, a relação inclui quatro pessoas que não
embarcaram e estão vivas. Não há confirmação se outras pessoas embarcaram no
lugar delas. Seis funcionários da Fox Sports, entre eles o ex-jogador e
comentarista Mário Sérgio, estavam no avião.
As duas caixas-pretas da aeronave foram encontradas. As
autoridades britânicas anunciaram o envio à Colômbia de três investigadores
para analisar a cena do acidente – o avião da companhia boliviana LaMia foi
fabricado pela British Aerospace.
O vice-presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, disse que um
grupo de médicos embarca nesta terça para Medellín para identificar os corpos,
que devem ser liberados a partir de quinta-feira (1º). Segundo ele, há intenção
de fazer um velório coletivo no estádio do time em Chapecó.
Os jogadores da equipe de Santa Catarina são os goleiros
Danilo e Follmann; os laterais Gimenez, Dener, Alan Ruschel e Caramelo; os
zagueiros: Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto; os volantes: Josimar, Gil,
Sérgio Manoel e Matheus Biteco; os meias Cleber Santana e Arthur Maia; e os atacantes:
Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela.
O acidente
O voo que transportava a equipe da Chapecoense partiu na
noite de segunda-feira de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção a
Medellín. Em coletiva de imprensa, Julio César Varela, da Direção Geral de
Aeronáutica Civil boliviana, disse que o avião decolou em "perfeitas
condições".
Segundo a imprensa local, a aeronave perdeu contato com a
torre de controle às 22h15 (1h15 na hora de Brasília), entre as cidades de La
Ceja e Abejorral, e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em
Rionegro, perto de Medellín.
O Comitê de Operação de Emergência (COE) e a gerência do
aeroporto informaram que a aeronave se declarou em emergência por falha técnica
às 22h (local) entre as cidades de Ceja e La Unión.
O diretor da Aeronáutica Civil, Alfredo Bocanegra, explicou
à Rádio Nacional da Colômbia que, embora chovesse e houvesse neblina na região,
o aeroporto Rionegro estava operando normalmente. Segundo ele, aparentemente
foram falhas elétricas que causaram o acidente. O piloto relatou problemas à
torre de controle do aeroporto de Santa Cruz, na Bolívia.
Mais cedo, a imprensa colombiana chegou a cogitar como causa
a falta de combustível, mas também informou que o piloto despejou combustível
após perceber que o avião iria cair.
Uma operação de emergência foi ativada para atender ao
acidente. A Força Aérea Colombiana dispôs helicópteros para ajudar em trabalhos
de resgate, mas missões de voos foram abortadas nesta madrugada por causa das
condições climáticas.
Choveu muito na região na noite de segunda, o que reduziu a
visibilidade. Equipes chegaram ao local do acidente por terra, mas o acesso à
região montanhosa é difícil e a remoção é lenta.
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