Sampaio empata com o Botafogo no Castelão, com gol no ultimo minuto
Sampaio domina, leva sustos, mas busca empate na raça.
Em jogo de superioridade Tricolor, ficou tudo igual no
Castelão. Sampaio e Botafogo disputaram uma partida com requintes de decisão,
com direito a polêmicas, tensão e gol no apagar das luzes. Um 2×2 eletrizante
numa noite de grande futebol.
O primeiro tempo foi inteiramente ditado pelo Sampaio.
Cadência, marcação e imposição. Cenário perfeito para ser traduzido em gol, mas
o time de General Severiano resistia na defesa, esperando o momento certo para
o bote.
Após o cenário inicial dominador, o castigo. Jogada na linha
de fundo e cruzamento na área. Gol. O futebol desconhece a palavra injustiça.
Só a bola na rede interessa.
O Sampaio não perdeu o ritmo. O empate precisava acontecer.
Jefferson insistia em dizer que não. Salvou, até com milagres, o gol boliviano.
Segundo tempo. O Sampaio voltou disposto a descontar o
desaforo da etapa inicial logo no início. A pressão continuou a mesma, o
domínio, idem. Era preciso transformar a doutrinação em bola na rede.
Henrique chamou a defesa do Botafogo pro baile. Os
alvinegros se salvavam do jeito que era possível. Mas a Bolívia insistia, não
desistia, e a recompensa veio logo depois. Humano, Jeferson soltou a bola no
meio da área, Jheimy não perdoou. O Castelão explodiu.
Momentos de tensão. O Botafogo tentou exercer pressão pra
anular o gol. Conferência da arbitragem. Apreensão. Uma discussão que pareceu
durar a noite inteira, até o veredito. Gol confirmado. Outra explosão nas
arquibancadas.
Jogo grande. Decisão. Não se podia piscar. E o Botafogo,
outra vez, chegou em jogada solitária para voltar a ficar na frente do placar.
Castigo dobrado.
Filme repetido. O Sampaio saia para buscar a igualdade
novamente, desta vez, na base da raça e do coração. A pressão cresceu, e o
adversário tratou de fechar a guarda e cercar o muro. A artilharia era pesada.
O relógio acelerava. Parecia que o sabor amargo iria
carimbar o futebol Tricolor. Mas, enquanto as luzes não se apagaram, ainda
havia esperança.
Bola na área, bate rebate, Douglas tenta de bicicleta, de
cabeça, a trave salva, mas Edimar, iluminado, apareceu para guardar lá dentro.
Arquibancadas enlouquecidas. Igualdade no placar. Era o mínimo que o Sampaio
merecia após 90 minutos de supremacia dentro de campo.
Faltam nove rounds. Os dois próximos duelos serão fora de
casa. O Sampaio está vivo. É isso que importa.
Edimar marcou o gol salvador no apagar das luzes.
Nos bastidores da partida, Edimar quase sussurrava: “Esse é
o tipo de jogo que eu marco”. Parecia pressentir o que viria pela frente, mais
precisamente aos 50 minutos do segundo tempo, no apagar das luzes.
“Lutamos muito, não merecíamos sair daqui com uma derrota.
Fico feliz em ter marcado e ajudado a equipe nesse jogo complicado contra o
Botafogo”, ressaltou Edimar, ainda extasiado ao final da partida.
Edimar marcou o seu primeiro gol após a lesão, e não
escondeu a alegria em voltar a balançar as redes: “Ano passado, marquei gols em
jogos importantes aqui no Castelão, e agora tive a oportunidade, mais uma vez,
de deixar o meu. Queríamos muito vencer, mas esse empate no fim, pelo menos,
faz um pouco de justiça. Estamos firmes na luta pelo acesso”, afirmou o
zagueiro Tricolor.
Os jogadores que iniciaram a partida terão o sábado de
folga. Apenas os outros atletas treinarão, em atividade marcada para o CT José
Carlos Macieira, às 10h00 da manhã.
Os relacionados para enfrentar a equipe do Luverdense se
apresentarão domingo, às 17h, no aeroporto para seguir viagem até Cuiabá.
Léo Condé destaca domínio Tricolor e a superioridade durante a partida
A opinião é praticamente unânime: O Sampaio merecia vencer a
partida. O técnico Léo Condé ratificou essa afirmação e elogiou bastante a
postura Tricolor, que dominou praticamente todos os 90 minutos.
“Tivemos um volume de jogo muito bom e criamos as melhores
oportunidades. Não por acaso, o Jefferson é um goleiro de seleção brasileira e
evitou alguns gols da nossa equipe com defesas milagrosas. Mas, é isso, a
competição é dura e nós estamos na briga”, afirmou o treinador.
Sem ter dado muito espaços ao Botafogo, Condé aprovou a
marcação do Sampaio, que não deixou o adversário se criar na partida:
“Conseguimos neutralizar a saída de bola do Botafogo, marcando forte e não
deixando eles jogar. Fomos para o jogo com a intenção de agredir, e os
jogadores entenderam isso. Valeu pela entrega e por terem acreditado até o
fim”, declarou o comandante Tricolor.
Sem muito tempo para treinar, Léo Condé comanda um treino
apenas para os jogadores que não enfrentaram o Botafogo, na manhã deste sábado,
no CT José Carlos Macieira. O treinador já vai começar a pensar nos substitutos
de Jheimy e Plínio, que levaram o terceiro cartão amarelo e não irão enfrentar
o Luverdense, na próxima terça-feira, em Lucas do Rio Verde.
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