Índios se revoltam com declaração de Lidiane sobre abrigo em aldeia
Segundo um dos líderes, Lidiane quer prejudicar a imagem da
comunidade.
Ex-prefeita está presa em São Luís após ter se entregado à
PF.
A declaração dada pela ex-prefeita de Bom Jardim, Lidiane
Leite, em seu depoimento à Polícia Federal na última segunda-feira (28) causou
revolta entre os índios que vivem em aldeias existentes no município. Ela disse
que esteve o tempo todo escondida em uma aldeia indígena na cidade em que
governava.
“Essa informação pegou a gente de surpresa. Não é verdadeira
a afirmação dela no depoimento que ela fez e nós não tínhamos que esconder
alguém que está fugindo da Polícia Federal”, disse Erismar Guajajaras, cacique
da tribo Novo Tabocal.
Gerson Guajajara, que é líder de uma aldeia Novo Planeta,
contou que nenhuma das comunidades alojaria Lidiane Leite uma vez que eles não
receberam benefícios enquanto ela governava o município. Ainda segundo o
indígena, obras estão paradas. “Além de ela nunca ajudar aqui dentro da
comunidade, ela ainda quer nos prejudicar. Porque que ela nunca trouxe uma
ajuda, em vez de nos prejudicar?”, questionou.
O município de Bom Jardim tem duas áreas indígenas em seu
território, a Terra Caru e Terra Pindaré. Nesta última, existem sete aldeias.
Os caciques estavam reunidos em uma delas para discutir assuntos das
comunidades quando foram questionados sobre terem dado abrigo à ex-prefeita. “O
que ela está querendo fazer é sujar a nossa imagem, a imagem da comunidade”,
finalizou Francisco Guajajaras, cacique da aldeia Januária.
Lidiane Leite está presa desde a tarde
desta segunda-feira
(28)
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Lidiane Leite se entregou à Polícia Federal após 39 dias
foragida. O local da sua prisão causou polêmica na madrugada de terça-feira
(29). O juiz José Magno Linhares, da 2ª Vara da Justiça Federal, havia
determinado que a ex-prefeita ficasse detida no Presídio do Comando Geral do
Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM-MA), porém a juíza Ana Maria
Almeida Vieira titular da 1ª Vara de Execuções Penais de São Luís e Corregedora
dos Presídios determinou a transferência imediata de Lidiane para a Penitenciária
Feminina de Pedrinhas.
O impasse foi resolvido provisóriamente com uma liminar que
suspendeu a decisão da juíza Ana Maria, mas Lidiane chegou a ficar cerca de uma
hora detida na Penitenciária Feminina de Pedrinhas e voltou para o Presídio do
Corpo de Bombeiros onde passou a noite em um alojamento confortável.
Fonte: G1 MA
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